Tive recentemente o prazer de participar do People Tech, organizado pelo pessoal da Talentbrand (mediado pelo grande Rapha Dyxklay), e conversar com pessoas que estão moldando o RH aqui em São Paulo.
Muitas ideias, muitas provocações: de Inteligência Artificial até one-on-one. Compartilho um pouco do tirei de aprendizado a partir da fala de cada um dos incríveis Matheus Fonseca, Marcel Lotufo, Denise Ditz, Bernardo Jaber, Maryana Rodrigues.
A Movile, segundo Matheus Fonseca, tem um trabalho de Employer Branding para servir de inspiração (que diferença que faz ter um bom método!).
Mais importante da experiência por lá: não é preciso de nada de outro mundo para colher dados para justificar o potencial dessa iniciativa: quebras do funil de contratação, perfil dos candidatos, impressões transmitidas pelos candidatos nas entrevistas presenciais.
O difícil é criar estratégias sólidas para além do achismo. Mas, fica tranquilo que, quando implementadas, geram resultados visíveis. EB é um baita investimento para recrutamento.
A Kenoby, segundo o CEO Marcel Lotufo, acredita que Inteligência artificial e automação são tecnologias que serão cada vez mais incorporadas no RH.
Essas tecnologias podem nos ajudar a reduzir viés de contratação e a aumentar eficiência, mas não vão, magicamente, acabar com ele.
Primeiro, porque essas ferramentas são criadas e parametrização por pessoas (com viéses!); segundo, porque ainda temos um looongo caminho de amadurecimento do método (ciência) de validação dessas ferramentas.
A Qulture Rocks, segundo Denise Ditz, sua VP de Growth, avalia que performance e desenvolvimento de pessoas não é um processo linear.
Desenvolvemos e adotamos métodos, mas a prática disso envolve altos e baixos, aceitação e rejeição.
É preciso que seja um processo contínuo e ajustável.
E mais importante, diante disso, precisamos lembrar da pessoa muito particular que está na nossa frente. One-on-one é ótimo para amarrar tudo isso!
Maryana Rodrigues da House of Feelings: por falar em pessoas e one-on-one, não é à toa que a Mary tem diagnosticado que as dificuldades das pessoas e organizações sempre voltam para as emoções.
Entendimento do que se sente, gestão do que se sente. As relações de trabalho têm nos levado a nos distanciarmos tanto de nos mesmos quanto dos outros.
Consequência disso? Conflitos, dificuldades em se posicionar nas relações (falar não), sofrimento emocional no trabalho (depressão/burnout e afins).
Bernardo Jaber, da Xerpa: o aumento da diversidade (e normalização) de relações de trabalho tem gerado dificuldades não só contratuais e legais (“como contrato um freelance?”) mas também de engajamento e gestão.
Grande aprendizado aí é que o trabalho remoto não é para todo mundo ou pelo menos não deveria ser. Para algumas pessoas (em algum momento) pode funcionar, mas não é regra! A autonomia não é, em absoluto, positiva.
Em alguma medida as pessoas pedem por relação mais próxima (contato com outros seres humanos). É preciso, portanto, fazer acompanhamento próximo dessa flexibilização e não achar que essa autonomia vai necessariamente levar a maior performance.
Quer saber o sexto insight?
Clica no link abaixo e assiste o painel. Tenho certeza que vai encontrar ainda mais insights e espero feedbacks 😉
Luciano Sewaybricker é Head de RH da Escale e especialista em psicologia organizacional.